Friday, 1 August 2008
Nepal
Desde a saída de Colombo (31 de Julho) que ainda não dormi convenientemente. Esta será uma das fases da viagem mais cansativa. De Colombo fui a Bangalore onde jantei em casa da Maria e do Gonçalo (c12). Nessa mesma noite apanhei avião para Delhi.
Chegado a Delhi e ainda sem dormir fui com o Kwame arranjar bilhetes de comboio para Gorakpur. De Gorakpur iremos de autocarro para o Nepal.
Hoje à noite vamos aproveitar a noite de sexta-feira em Delhi e amanhã no final do dia apanhamos o comboio.
3 de Agosto
A fronteira entre Índia e Nepal, em Saunali, e um autentico caos. As habitações completamente degradadas, estradas lamacentas e uma algaraviada de pessoas, animais, bicicletas e algo mais...
A saída da India não correu muito bem. Encontramos na fronteira oficiais corruptos que nos pediram 100 Rs para não nos confiscarem o documento de registo na Índia. A quantia e insignificante mas o esquema deixou-nos furiosos.
Já na Nepal visitamos a vila/lugar chamado Lumbini. Lumbini tem uma zona de mosteiros e templos de vários países. Bhuda supostamente nasceu em Lumbini.
4 Agosto
Acordamos prontos para abandonar Lumbini mas avisam-nos que existe uma greve de transportes. De facto e verdade não há autocarros nem táxis... O gestor da guest house consegue um taxi que parte as 18h mas a um preço bem superior ao preço justo. Não temos alternativa. Em principio hoje a noite será passada em Chitwan...
5 Agosto
Viajamos de táxi ate Sauraha para visitarmos o parque nacional de Chitwan e nos juntarmos ao resto do grupo tuga (irmã e primos do Ricardo). Durante a viagem e numa altura que apenas eu estava acordado dentro do táxi, um individuo de mota comeca a conduzir ao nosso lado e pede ao taxista para parar. A primeira questão que me faz "Tu és portugues ?" ao que eu respondi com um trejeito de desconfiança, após oito meses na India nao confio em nada nem ninguém... fiquei confuso e acordei o resto da malta. Depois la concluímos que esse individuo era o gestor da guest house onde estavam alojados os outros tugas e sabia que nos chegávamos nesse dia... Alias segundo ele disse ja andavam pessoas na fronteira a tentar localizar-nos... eheheh
Durante o dia aproveitamos para relaxar num bar a beira rio, conversamos com um espanhol que anda ha 4 meses a viajar pela Ásia (antes de nos so se tinha cruzado com dois portugueses) e apanhamos uma chuvada no regresso a casa... Soube muito bem andar de bicicleta a chuva, levou-me ate aos tempos de adolescência. Sensação de Liberdade, óptimo.
O final do dia terminou com uma futebolada com os Habitantes da Vila e mais tarde "Aldeia vai dormir"
6 Agosto
O dia começou cedo, as cinco da manha foi a alvorada. Fizemos um passeio de Elefante pela "Selva" onde o único animal selvagem que conseguimos ver foi um rinoceronte. Ao cabo de duas horas estávamos desejosos para que terminasse o passeio, o sol era abrasador.
Mais tarde fomos tomar banho com os elefantes. Adorei a experiência.
7 Agosto
Viajei ate Pokhara. Na chegada perdi a paciência com as abordagens dos cidadãos Nepalenses, em pouco tempo tínhamos 20 pessoas a quererem oferecer hotéis e táxis. Perco a paciência insulto as pessoas e sou mal educado. Hoje já não podia ouvir ninguém e ou ignorava as abordagens ou simplesmente dizia que não falava com estranhos.
Amanhã vamos visitar a cidade e provavelmente fazer rafting.
8 - 11 Agosto
A minha intenção inicial era escrever numa base diária uma espécie de diário de bordo. No entanto a velocidade das ligações no Nepal fizeram esse plano impraticável.
Um dos dias fomos fazer rafting estava com imensas expectativas afinal era a minha primeira vez. Foi um passeio bastante agradável num percurso bordejado por montanhas fantásticas. Mas a maior adrenalina foi altura em que o instrutor explicava as normas de segurança.
No dia seguinte rumámos a Catmandu a capital Nepalesa. No percurso tivemos que enfrentar uma espera de 4 horas devido a um acidente. Esse acidente levou a que o condutor conduzisse de forma completamente inconsciente. Por duas vezes pensei que o acidente seria inevitável... Tive que dizer ao condutor que se queria morrer que se matasse sozinho e ele lá acalmou.
Chegámos por volta da meia noite e tivemos que procurar uma guest house... A primeira tinha no mínimo cinco baratas gigantes na cama... Continuamos a procurar e lá encontramos uma que apenas tinha duas ou três baratas no quarto... Não consegui dormir sem garantir que já não havia vestígios de baratas...
Visitei o centro histórica da cidade onde ocorria uma cerimónia Hindu, as ruas estavam coloridas mas achei logo numa primeira impressão a cidade caótica.
No dia seguinte era altura de partir para Butão.
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