Primeiro dia em Bangalore

Finalmente consegui arranjar uma forma de comunicar com o Mundo.


A Guesthouse onde estamos instalados supostamente teria Internet mas a ligação só nos dá acesso ao email da empresa (descobri este facto há instantes), o meu telemóvel tem rede mas não está a funcionar convenientemente, ou melhor, não funciona de todo…consegui fazer uma chamada com sucesso depois de várias tentativas.


Ok, vamos lá a coisas interessantes… A viagem foi muito cansativa, ficámos num dos piores lugares do avião e com um indivíduo de 100 Kilitos ao meu lado que ocupava o lugar dele e parte do meu… As pessoas no avião olhavam imenso para nós quer fossem Indianos ou Ocidentais, tentámos descobrir a razão mas sem sucesso…


Chegamos ao aeroporto e tudo correu como estava planeado, recolhemos as nossas malas e lá saímos para nos encontrarmos com o taxista. Quatro indivíduos carregaram-nos as malas, que diga-se de passagem não estavam nada leves. Obviamente, eles pediram gorjeta, nós não queríamos dar com medo que viessem outras pessoas pedir. Depois de alguma insistência, eu dei-lhes 20 Rupias. Eles queixaram-se que não era nada. Terei que lhes dar razão, fomos um bocadinho forretas, menos de 0,50€ para quatro pessoas…. Subimos a parada para 2€ e eles lá nos esboçaram um sorriso e nos deixaram seguir viagem.


Não pensem que melhorámos em relação às gorjetas, o taxista de hoje disse 4 vezes “Good Night Sir” com um grande sorriso… e nós nada.


Por incrível que pareça, estou bastante animado, e até agora nada foi suficiente, para me chocar e me deixar triste. Acho que a preparação mental que fiz antes de vir resultou, estava à espera de tão mau, que agora tudo parece positivo.

Hoje fomos à parte mais comercial da cidade, fiquei super contente porque as pessoas na rua nos ignoraram. Eu confesso pela sensação que tive no avião de estar sempre a ser observado estava com imenso receio de como seria na cidade.


Trânsito, sem dúvida, um caos, ainda não consigo entender como é que eles conseguem conduzir da forma que conduzem, para mim nas estradas deles ocorre um milagre a cada segundo…


Atravessar uma estrada é medonho… Eu e o Zé colávamo-nos aos Indianos e lá íamos nós. Uma das vezes, mesmo resguardado por um Indiano, pensei que ia ser atropelado… Que Medo!!!


Existem centros comerciais muito semelhantes aos nossos. Almoçamos Mcdonald’s que apenas tem Mcchicken (2€ menu)… lol. E agora dado que eu me distraí com o email vamos ter que encomendar Pizza que a cantina já fechou.


Se conseguir uma casa decente acho que vou ter oito meses muito interessantes!!! O campus tem court de ténis, ginásio, campo de basquetebol, piscina… por falar em piscina… fiquem com inveja andámos a nadar em pleno Dezembro quando já era noite heheh…


Últimas!!! O Zé acho que resolveu o problema do meu telemóvel uffff…

Enquanto espero pela pizza…

Bem vocês não imaginam o filme que é entender os indianos. O Zé faz sempre o favor de deixar essa tarefa para mim...

Nós não entendemos nada.. ficamos com uma ligeira impressão do que eles possam ter dito. Quando falamos eles não param de abanar a cabeça é impressionante e são todos.. eu e o Zé já nos desmanchamos a rir quando eles abanam a cabeça… temos que nos controlar…

Aqui a unhaca tem muitos adeptos. Adorei o gozo de uma inglesa para um indiano a perguntar-lhe se era falsa ou se era mesmo dele e ele todo orgulhoso dizer que era dele… A inglesa .. “fixe, bem isso deve ter demorado imenso tempo até ficar assim…” tive que me afastar para não me verem a rir… Ganda maluca.

No táxi vamos sempre a rir… no início tínhamos medo.

Por enquanto estou com toda a energia, animado sem problemas gástricos. Outro aspecto muito positivo, os mosquitos, pensava que eram aos milhões só vi um ou dois… mas não facilito o meu perfume é repelente Tabard.